O Dia Internacional da Agricultura Familiar é comemorado nesse dia 25 de julho, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014. Esta celebração reconhece os homens e mulheres do meio rural que utilizam a mão de obra familiar em suas atividades econômicas. A data também é uma oportunidade para destacar os desafios enfrentados e o trabalho realizado por essas pessoas na produção de alimentos e na sustentabilidade dos sistemas agrícolas ao redor do mundo.

O Brasil ocupa a oitava posição no ranking dos países que mais produzem alimentos por meio da agricultura familiar, de acordo com um levantamento de 2018 do Ministério do Desenvolvimento Agrário. No país, 70% dos alimentos consumidos são provenientes da agricultura familiar. O Censo Agropecuário de 2017 aponta que essa atividade é responsável por 90% da economia nas cidades que possuem até 20 mil habitantes.

Reconhecendo o papel crucial das mulheres na agricultura familiar, a EMATER-RIO trabalha para aumentar o número de beneficiadas por seus programas. Em 2023, um total de 23,6% dos beneficiados pela agricultura familiar na empresa eram mulheres rurais, um número que continua a crescer.

Fernanda, uma produtora de Paty do Alferes, é um exemplo desse crescimento. Vinda de uma família de professores, ela encontrou na agricultura uma nova forma de vida e se tornou uma das primeiras mulheres na cidade a se destacar no setor, sendo eleita a Mulher do Campo na feira de agricultura familiar na Festa do Tomate.

“Antigamente, a mulher não trabalhava, era só dona de casa. Hoje, muitas mulheres, como eu, lidam com a terra e produzem tanto quanto os homens. Isso dá um orgulho enorme de poder plantar, ser independente, ter seu próprio dinheiro e superar o preconceito. Uma produtora rural faz o que o homem faz e muitas vezes até melhor”, afirmou ela.

Juliane Vieira, também de Paty do Alferes, seguiu os passos de sua mãe, uma pioneira na liderança de cooperativas agrícolas e quem a incentivou para entrar nesse caminho.

 “Minha mãe sempre foi uma mulher corajosa, que batalhou para ajudar as pessoas. Ela me encorajou a entrar nesse meio, que já vinha de família. Em 2008, ela fundou uma cooperativa e a liderou até 2012. Depois disso, eu e meu esposo fundamos um grupo informal familiar e começamos a vender nossos produtos, ingressando em outra cooperativa em 2019”, contou.

Esses exemplos ressaltam a importância das mulheres na agricultura familiar e o compromisso da EMATER-RIO em oferecer suporte técnico e incentivar o crescimento desse setor no meio rural.