Fiscais da Agenersa verificam impactos da estiagem na captação de água em represas do Sistema Acari da Cedae

Fiscais da Agenersa verificam impactos da estiagem na captação de água em represas do Sistema Acari da Cedae
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Equipe de fiscais da Agenersa realizou vistorias técnicas, nos dias 7 e 10 de março, nas principais represas de captação de água do Sistema Acari da Cedae, responsável pelo abastecimento de água em diversas regiões da Baixada Fluminense e da capital, devido à estiagem que tem gerado dificuldade na operação. De acordo com a Cedae, a falta de chuvas fez com que os mananciais registrassem queda de 32% na vazão, o menor nível dos últimos cinco anos.

Na sexta-feira (07/03), os agentes estiveram nas represas Xérem, Mantiquira, São Pedro, Tinguá e Rio D’Ouro e constataram que o sistema operava com 30% a menos da capacidade. As unidades dependem diretamente da precipitação para operar adequadamente e a escassez de chuvas tem agravado ainda mais a situação. A prioridade tem sido garantir a vazão mínima nos rios, já que a abertura total dos reservatórios pode levar ao esgotamento do curso d’água. O Rio D’Ouro, por exemplo, essencial para a região, registra níveis extremamente baixos, o que dificulta a operação do sistema de abastecimento de água.

Na segunda etapa da vistoria, na segunda-feira (10/03), a fiscalização teve como foco central, a Reserva Biológica do Tinguá, unidade de conservação federal fundamental para a proteção dos recursos hídricos da Baixada Fluminense e para o abastecimento de água da Região Metropolitana. A área abriga diversas nascentes e rios integrados ao Sistema Guandu sendo responsável por fornecer água a milhões de pessoas. Além disso, a floresta preservada dentro da reserva desempenha um papel essencial na manutenção da qualidade da água, evitando erosões e o assoreamento dos rios.

No entanto, a estiagem prolongada tem afetado a capacidade de captação de água. A situação se agrava pelo fato de que a vazão ecológica mínima precisa ser mantida nos rios, o que impede a captação total da água disponível. Segundo os representantes que acompanharam a fiscalização, o técnico da Cedae, Marcelo Saraiva e o supervisor de operações da concessionária Águas do Rio, Leandro Pires, a situação é crítica.

A Agenersa segue monitorando os desdobramentos da crise hídrica de perto e exige que tanto a CEDAE quanto a Águas do Rio adotem as medidas necessárias para garantir o abastecimento contínuo e suficiente de água à população, mesmo diante da estiagem severa.

 

 

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13-03-2025

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