AGENERSA na Rua: grande operação de fiscalização ocorreu em diversos bairros no município de São Gonçalo devido a denúncias de falta d’água na região

Após denúncias de falta d’água feita por moradores de São Gonçalo na ouvidoria da Agenersa, fiscais da agência estiveram nesta quarta-feira (19/02) no município para verificar as causas das falhas no abastecimento de água em diversos endereços na região, área de concessão da Águas do Rio (bloco 1).
De acordo com a concessionária foram identificados desafios operacionais e estruturais que atingem inúmeros bairros, incluindo pressão insuficiente, necessidade de manobras na rede, suspeitas de vazamentos e a instalação emergencial de bombas móveis para garantir o fornecimento.
No bairro Trindade, o principal problema verificado foi a possível existência de vazamento ainda sem origem confirmada. Para tentar localizá-lo, a concessionária instalou o medidor de vazão ultrassônico Clamp-on para monitorar a pressão da rede. A suspeita surgiu após um aumento na vazão da linha ser registrado ao mesmo tempo em que a pressão caiu, especialmente no final da rede, indicando uma possível perda de água. Com uma extensão de 8 km de tubulação, a localização exata do problema ainda está sendo investigada.
Já nas residências da Avenida São Miguel, localizadas no bairro São Miguel, as dificuldades são constantes, provavelmente por estarem situadas em área alta. Foi realizada a substituição do ramal devido a suspeita de obstrução, mas o problema persiste. Técnicos da regulada confirmaram que irão retornar ao local na próxima semana para avaliar se a troca foi eficiente, se há falhas na ligação da rede e se a pressão está adequada para o fornecimento.
Nos arredores de Boa Vista que deveria estar recebendo água regularmente, moradores das ruas Januário Pizza e Alfredo Azamor relataram oscilações e baixa pressão. No Rocha, algumas vias como a Travessa Cândida, Rua Antônio Silveira, Rua João Agapito e Rua Odila Gomes Barros estão passando por melhorias no abastecimento, mas ainda há registros de instabilidade. Neste último logradouro, a concessionária identificou que a bomba existente na Estrada Carioca, responsável por abastecer a via, não estava conectada corretamente à rede. Para resolver a questão, foram instalados 100 metros de nova tubulação com o objetivo de aumentar a vazão e melhorar a pressão. Apesar dessa intervenção, moradores da via ainda relatam que a água não cai regularmente e que caminhões-pipa têm sido enviados para suprir asnecessidades básicas dos moradores. Alguns imóveis ficaram 15 dias sem água e, quando o abastecimento ocorria, o volume era inconsistente.
Muitas casas sofrem com baixa pressão devido à localização em área alta e no final da linha de abastecimento na Rua Dr. Cumplido de Santana. Não obstante, os moradores relataram o período aproximadamente 17 dias sem água. Segundo a Águas do Rio, um estudo das tubulações e o uso de geofone serão realizados para detectar possíveis vazamentos.
A geografia do local apresenta desafios adicionais para o abastecimento, já que há muitas ruas altas e sem saída, que é o caso das moradias no bairro Mutondo. Para minimizar o problema, a concessionária instalou um booster pressurizador na Travessa Genésio Pedro Machado e implementou uma bomba móvel para auxiliar no bombeamento da água para áreas mais elevadas. Na Rua Genésio, o equipamento instalado na Rua Coronel auxilia no abastecimento, beneficiando também as ruas João Lima e Demétrio de Souza. Conforme relatos de moradores, a situação é crítica porque o abastecimento melhora com a bomba em funcionamento, mas ainda é insuficiente. A pressão registrada na rede é de apenas 4,5 mca. Como a área é final de linha, a concessionária avalia a necessidade de aumentar a frequência do uso da bomba móvel para pelo menos duas vezes por semana, buscando garantir o fornecimento adequado à população.
Outro problema constatado foi a obstrução em ramais de distribuição. Na Rua Alfredo Azamor, um imóvel ficou sem água por três semanas devido a um bloqueio na tubulação. Após a correção do problema, a água voltou a cair, mas com pressão baixa, registrando apenas 3 metros de coluna d’água (mca).
Além dos problemas operacionais, moradores relataram dificuldades para entrar em contato com a concessionária, principalmente por meio do WhatsApp, o que tem dificultado a solicitação de soluções para os problemas de abastecimento.
Devido ao trabalho da Agenersa junto à concessionária, todos os usuários que tiveram suas demandas protocoladas na ouvidoria foram atendidos. A fiscalização da Agência segue acompanhando a situação no município de São Gonçalo e cobrando soluções da concessionária para regularizar o abastecimento em todas as áreas afetadas e também garantir o bom atendimento aos usuários dos serviços públicos prestados pela Águas do Rio.