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Dia das Mães: Mãe e filha unidas pelo amor à pediatria
Médicas atuam juntas no atendimento às crianças do Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo

Médicas atuam juntas no atendimento às crianças do Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo

A pediatra Melissa Monção, que atua no Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), localizado no bairro Coludandê, em São Gonçalo, tem um cotidiano de trabalho diferenciado. Diariamente, ela convive com a mãe, Martha Monção, sua maior referência na medicina e na vida. Mãe e filha realizam atendimentos em conjunto às crianças internadas na enfermaria e na emergência do HEAT, unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), que conta com tecnologia de ponta e é referência no estado do Rio de Janeiro quando o assunto é salvar vidas.

“Por muitas vezes durante o dia, eu a chamo de 'mãe' na frente dos pacientes. Quando eles descobrem que somos mãe e filha, ficam felizes e muito mais confiantes no tratamento. Sei que sou privilegiada por trabalhar com a minha mãe, que sempre foi a minha inspiração na vida e na profissão. Desde pequenininha, eu a acompanhava em hospitais e não tive dúvidas em querer ser pediatra. Na verdade, queria ser igual a ela. Hoje, eu tenho 20 anos de profissão e ela foi abrindo os meus caminhos”, afirma Melissa, que tem mais dois irmãos, sendo um deles também pediatra.

Hoje, ela é coordenadora de emergência pediátrica no HEAT e a sua mãe é coordenadora da internação na mesma unidade. “Logo, nossas rotinas se encontram e trabalhamos juntas. Ela me ajuda com a experiência clínica e eu a ajudo um pouco na parte tecnológica”, afirma Melissa. 

Com 52 anos de profissão, a médica Martha lembra que o amor à pediatria sempre foi fundamental para enfrentar o desafio de conciliar a criação dos filhos e os cuidados aos seus pequenos pacientes.

“Para uma mãe, ter os filhos formados é um presente na vida. Sempre trabalhei muito. Foram muitos plantões e atendimentos em diferentes hospitais neste tempo todo de profissão. Comecei na profissão em 1973. A medicina mudou muito, mas não mudou o amor necessário para ser uma pediatra. É preciso amar crianças e também abraçar as mães diariamente”, disse Martha, que é avó de cinco netos. 

As médicas pontuam que o amor e a dedicação das mães dos pequenos pacientes são imprescindíveis no processo de cura. Logo, o olhar do profissional de pediatria deve também se debruçar sobre a família, especialmente as mães que costumam acompanhar mais de perto a internação dos seus filhos, ficando por até longos períodos no hospital.

 “A pediatria é uma especialidade diferente. Você tem que amar, dar carinho, acolher a família. É preciso um envolvimento maior, sentimental”, observa Melissa. “O importante é que esse afeto seja demonstrado para as famílias. Vamos valorizar a mãe, ela é a continuidade da vida.  O convívio com ela tem que ser com harmonia, tem que ser com reconhecimento.  Precisamos passar essa mensagem de valorização da vida através da mãe. É isso que praticamos aqui diariamente”, completa Martha. 

Mãe do paciente Pedro Henrique de Souza da Conceição, de 13 anos, Daniele Souza, moradora de Tribobó, está há um mês acompanhando a internação do filho. “Acho muito lindo saber que as médicas são mãe e filha. Elas são muito amorosas e sinto mais confiança no tratamento do meu filho”, disse Daniele.