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Secretaria de Estado de Saúde cria Centro de Emergência para acompanhar transplantes no Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Saúde cria Centro de Emergência para acompanhar transplantes no Rio de Janeiro

Medida se soma às que já estão em andamento para acolher os pacientes e dar mais segurança aos procedimentos relacionados a transplantes, para que o episódio jamais se repita


A Secretaria de Estado de Saúde está realizando reuniões diárias do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COEs). O ato que instituiu o comitê foi publicado no Diário Oficial nesta terça-feira (15/10), mas os encontros começaram ontem. O objetivo é reforçar o acompanhamento das ações relativas aos casos de contaminação de transplantados. É mais uma medida, que se soma às que já estão em andamento para acolher os pacientes e dar mais segurança aos procedimentos relacionados a transplantes, para que o episódio jamais se repita.


O COEs é instalado sempre que temos uma emergência em saúde pública. Já acionamos esse dispositivo durante a pandemia de Covid-19 e a epidemia de dengue, por exemplo. Neste primeiro momento, faremos encontros diários para oferecer respostas ainda mais rápidas que ajudem a mitigar os impactos desse fato absurdo e sem precedentes relacionado ao transplante de órgãos - explica a secretária de estado de Saúde, Claudia Mello.

A secretaria também iniciou inspeções da Vigilância Sanitária estadual, desde segunda-feira, nas unidades hospitalares que realizam captação de órgãos. A medida vai revisar a aplicação das normas desses procedimentos. Uma equipe de Segurança do Paciente também está visitando as unidades transplantadoras.



Ações imediatas foram tomadas



A medida reforça outras ações já implementadas pela pasta. Uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados, identificando as necessidades específicas de cada um deles. O Hospital Universitário Pedro Ernesto foi designado como referência para o atendimento aos pacientes, que já começaram a receber medicamentos pelo SUS.

O laboratório privado, contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender o programa de transplantes, teve o serviço suspenso logo após a ciência do caso e foi interditado cautelarmente.


Os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio, que também está reavaliando todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, período de atividade do laboratório.


Uma sindicância foi instaurada para identificar e punir os responsáveis.  Por necessidade de preservação das identidades dos doadores e transplantados, não serão divulgados detalhes das circunstâncias.


“Não estamos medindo esforços para elucidar os fatos e punir os responsáveis. É importante ressaltar que o serviço de transplantes no estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas, finalizou Claudia Mello.