
Iniciativa envolve outras Secretarias e instituições que participam do programa “Antes que Aconteça”
Como melhor atender pessoas vítimas de violência nas unidades estaduais de saúde? Foi esta questão que motivou a organização do evento “Qualificação dos protocolos para atendimento à pessoa vítima de violência”, que teve a sua primeira etapa realizada nesta quarta-feira, 07 de agosto, no auditório da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), em homenagem aos 18 anos da Lei Maria da Penha, que coíbe atos de violência doméstica contra a mulher.
Promovido pela Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde da SES-RJ, o encontro contou também com representantes da Secretaria de Estado da Mulher do Rio de Janeiro, além de ter o apoio da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Secretaria de Estado de Polícia Civil, Subsecretaria de Ensino Superior, e também a participação do TJ para desenvolver, no estado do Rio, ações referentes ao programa “Antes que Aconteça”, do Senado Federal. O objetivo é que todos juntos organizem ações de prevenção e acolhimento à pessoa vítima de violência.
“A SES-RJ propôs a criação de espaços multivioleta de acolhimento a essa mulher vítima de violência que chega nas nossas unidades, sejam elas maternidades, hospitais, UPAs, com uma equipe multiprofissional, com médico, enfermeiro, assistente social, psicólogo, alguns equipamentos contam também com fisioterapeutas”, explica a superintendente de Atenção Primária à Saúde, Halene Armada.
A capacitação envolveu profissionais de 34 unidades estaduais de saúde, sendo 3 hospitais gerais: Hospital Estadual Getúlio Vargas; Hospital Estadual Carlos Chagas e Hospital Estadual Alberto Torres; 4 maternidades: Hospital Estadual Azevedo Lima; Hospital Estadual da Mãe de Mesquita; Hospital da Mulher Heloneida Studart e Hospital Estadual dos Lagos - Nossa Senhora de Nazareth; e 27 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
“Esses profissionais precisam qualificar o registro no Sistema de Notificação de Agravos de Notificação (SINAN). Além disso, devem revisitar as prescrições de profilaxia contra infecções sexualmente transmissíveis, quando a mulher é uma vítima de violência. A gente está falando do fluxo da Secretaria de Saúde, do fluxo da Secretaria da Mulher, do fluxo da Secretaria de Segurança Pública”, disse Halene Armada.
O Governo do RJ é o primeiro a aderir ao programa “Antes que Aconteça”, ao mesmo tempo que a Paraíba. A iniciativa foi elaborada pela deputada federal (PL-RJ) Soraya Santos e pela senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), em ação integrada com o Tribunal de Justiça do RJ. O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também assinaram protocolo de intenções para implantar ações do programa.
No Estado do Rio, o programa ‘Antes que aconteça’ tem a coordenação da Secretaria de Estado da Mulher, com ações conjuntas das Secretarias de Estado de Segurança Pública, Saúde, Ciência e Tecnologia, além do Tribunal de Justiça (TJRJ). O governador Cláudio Castro inaugurou, no dia 08/07, o primeiro Espaço Multivioleta, no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.