Meta do Ministério da Saúde é eliminar as doenças até 2030
Do dia 30 de julho a 1ª de agosto, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) e o Ministério da Saúde realizam o Primeiro Ciclo de Oficinas dos Gestores e Profissionais de Saúde para Implantação da Linha de Cuidados das Hepatites Virais nos estados da Região Sudeste do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo). O ciclo está sendo realizado no auditório da secretaria, no Rio Comprido.
A meta do Governo Federal é que, até 2030, as hepatites sejam erradicadas no Brasil. Para isso, as oficinas são importantes na pactuação integrada dos estados contra as doenças, principalmente entre as populações mais vulneráveis: carcerária e em situação de rua. Para os estados que implantarem as medidas, a União emitirá sua chancela, por meio do Selo de Boas Práticas, que deverá ser pactuado antes pelas Comissões Intergestores Bipartites (CIB). O Ministério também lançará o Guia de Eliminação das Hepatites.
“Há muito tempo a secretaria trabalha com esse tema. Agora, de forma integrada com a Região Sudeste e com apoio do Ministério da Saúde, teremos condições de eliminar as hepatites. As oficinas vão possibilitar uma visão geral de cada estado, além de amplificar o engajamento de todos”, destacou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Para Mário Gonzales, coordenador geral de Vigilância das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, existem todas as condições para o Brasil conseguir eliminar as doenças.
“Temos vacina para as hepatites A e B, diagnósticos e tratamento na rede SUS para as demais. O que precisa acontecer é uma articulação maior na rede de atenção primária à saúde, com a distribuição de medicação, implantação de novos fármacos, além de melhorar a gestão, a mobilização e oportunizar o acesso. Nossa proposta consiste em organizar essa linha de cuidados para que isso aconteça”, frisou o representante do ministério.
Clarice Gdalevici, gerente de Hepatites Virais da SES-RJ, ressaltou a importância do evento para a capacitação dos profissionais de saúde.
“As oficinas que estão acontecendo na Secretaria de Saúde são ferramentas importantes na preparação e na qualificação dos profissionais de Atenção Primária e de Vigilância Epidemiológica”, declarou a Gerente de Hepatites Virais da SES-RJ.
As novas abordagens sobre o tema fizeram o coordenador de Hepatites Virais do Espírito Santo, Marcelo Barbosa Leal, participar da oficina no Rio de Janeiro.
“Serve como processo de atualização permanente, permitindo uma visão mais ampla sobre o assunto. Aqui vou conhecer a realidade de vários estados, aprender novas abordagens das hepatites e adaptá-las de acordo com a realidade do meu estado”, explicou Marcelo Barbosa Leal.