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Dia Nacional do Diabetes: Instituto Estadual realizou mais de 20 mil atendimentos em dois anos
Unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) conta com equipe multidisciplinar de especialidades

Unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) conta com equipe multidisciplinar de especialidades

 

Na semana de mobilização pelo Dia Nacional do Diabetes, data de conscientização fixada em 26 de junho pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro destaca o trabalho realizado no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), referência na rede estadual para o tratamento da doença. Ao todo, mais de 20 mil atendimentos ambulatoriais foram feitos na unidade nos últimos dois anos, sendo 60% para diabetes tipo 2 e 40% para o tipo 1.

“O número de diagnósticos de diabetes vem crescendo por uma série de fatores, dentre eles, o sedentarismo e a ingestão de alimentos industrializados. Existe uma armadilha no mundo hoje sobre o estilo de vida em que os alimentos de maior acesso são de baixa qualidade. Em geral, os produtos mais baratos são ricos em carboidratos, mais acessíveis do que as proteínas e os vegetais, comprometendo uma dieta mais balanceada”, explicou Rosane Kupfer, chefe do Serviço de Diabetes do IEDE.

A unidade conta com uma equipe multidisciplinar que inclui endocrinologistas, oftalmologistas, nefrologistas, ortopedistas, dermatologistas, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros e educadores físicos. O Iede também realiza exames de hemoglobina glicada, dosagem de hormônio para a tireoide, perfil lipídico (colesterol e triglicerídeo), hepatograma (exame do fígado), albumina urinária (avalia a função do rim) e hemograma.

No IEDE também são tratados o diabetes gestacional e outros tipos mais raros. O hospital possui também a Unidade do Pé Diabético (UPD), que realiza cerca de 450 atendimentos por mês, entre consultas individuais, orientação de exercícios e massoterapia.

O Instituto recebe pacientes de todo o estado, com consultas marcadas pela Central Estadual de Regulação (CER). A porta de entrada para solicitação de tratamento dos pacientes é a atenção primária, ou seja, postos de saúde e clínicas da família dos municípios.

 

Diabetes

O Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. A insulina é um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa de insulina para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto, considerado hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Existem dois tipos principais de diabetes. O diabetes tipo 1 é quando o sistema imunológico do corpo ataca e destroi as células que produzem insulina. Já o diabetes tipo 2 é quando o corpo não produz insulina suficiente ou as células do corpo não reagem à insulina. O tipo 2 é mais comum do que o tipo 1 e é associado ao sobrepeso, obesidade e sedentarismo.

Os principais sintomas do tipo 1 são vontade de urinar diversas vezes; fome frequente; sede constante; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor; náusea; vômito.

Os principais sintomas do tipo 2, por sua vez, são infecções frequentes; alteração visual (visão embaçada); dificuldade na cicatrização de feridas; formigamento nos pés; furúnculos.

O Diabetes tipo 2 pode não dar sintomas nos primeiros anos e por isso é importante fazer sua prevenção com um estilo de vida saudável e programar exames anuais, principalmente, após os 40 anos de idade ou se tiver fatores de risco, até mesmo antes.