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Secretaria de Estado de Saúde lança novo panorama sobre internações por síndrome respiratória
Secretaria de Estado de Saúde lança novo panorama sobre internações por síndrome respiratória

Monitoramento feito pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ) prevê número de casos em atraso para melhor avaliar cenário epidemiológico

 

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro lançou, nesta terça-feira (07/05), o Panorama de Síndrome Respiratória Aguda Grave. O novo boletim apresenta o número de internações por insuficiência respiratória grave, analisa a tendência (de crescimento ou baixa) da procura por leitos, assim como o perfil dos pacientes internados e os principais agentes infecciosos causadores, entre eles os vírus da Influenza (A e B), o coronavírus, o adenovírus, o rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

O Panorama SRAG mostra que foram registradas 154 hospitalizações por SRAG entre as semanas epidemiológicas 16 e 17, que correspondem ao período de 14 a 27 de abril. A análise feita pelos técnicos do Centro de Inteligência em Saúde da SES-RJ, no entanto, indica que este número deve passar para 570 registros nos próximos 15 dias.

Assim como já faz em outras doenças e agravos à saúde, como a dengue, a equipe de Vigilância em Saúde utiliza um modelo estatístico chamado nowcasting, capaz de estimar quantos casos em atraso são esperados no período considerado. O atraso das notificações reflete o tempo que o indivíduo leva do início dos sinais e sintomas até procurar pelo atendimento médico, somado ao tempo para inserção do atendimento no sistema de notificação.

O boletim identificou ainda que 36% dos internados são pacientes de até 4 anos de idade, faixa etária que tem o Vírus Sincicial Respiratório (47%) e Rinovírus (25%) como principais agentes infecciosos. O número de solicitação de leitos para essa faixa etária permanece com tendência de aumento, o que pode estar associado a esse padrão viral, já que o VSR, por exemplo, é o principal causador da bronquiolite, enfermidade que apresenta aumento de casos nesta época do ano.

Já em pacientes acima dos 80 anos, o vírus da Influenza A é o que mais acomete os pacientes que necessitam de internação. O número de solicitação de leitos para essa faixa etária permanece com pouca variação, mantendo um número menor de internações

"Nosso monitoramento permite acompanhar o cenário e tomar decisões mais rápidas, de modo a garantir uma assistência adequada, da linha de cuidado à oferta de leitos. O cenário que identificamos reforça nossa principal orientação, que é para que a população se vacine. As vacinas já salvaram muitas vidas por muitas gerações, e ela pode evitar casos graves e em nossas crianças e idosos", recomenda a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.