
Em 2020, 89 casos já foram notificados no estado do Rio de Janeiro
Considerada uma das doenças mais contagiosas, o sarampo tem potencial para provocar quadros extremamente graves, sobretudo em crianças menores de 5 anos de idade, e pode levar a óbito. Recentemente, a ocorrência de surtos em diversos países vem aumentando a preocupação em relação à doença, inclusive no Brasil. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) reforça que única a forma de prevenção é a vacina - segura, eficaz e disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
A imunização contra o sarampo faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde e é oferecida à população durante todo o ano. Para ampliar a cobertura vacinal no estado do Rio de Janeiro, a SES-RJ promove campanha de vacinação até 13 de março, com dois Dias D para intensificar a mobilização: 1º de fevereiro e 7 de março. Durante esse período, cinco caminhões adaptados para vacinação volante circularão pelas cidades fluminenses, a fim de facilitar o acesso da população à imunização. Acompanhe as redes sociais da SES-RJ para saber quando a vacinação volante estará em sua cidade e onde os caminhões serão posicionados.
Saiba mais sobre sarampo e veja como se proteger
O que é: doença viral aguda, altamente contagiosa, grave, que pode acometer pessoas não vacinadas em qualquer idade.
Transmissão: de pessoa para pessoa, por meio de secreções nasais ao tossir, expirar ou falar. O contágio também se dá por dispersão de gotículas com partículas virais (aerossóis) no ar, especialmente em ambientes fechados, onde o vírus pode permanecer por até duas horas depois de a pessoa infectada ter saído do local.
Sintomas: além de febre alta (acima de 38,5ºC) e das características manchas vermelhas na pele, os pacientes costumam apresentar tosse, em geral seca e irritativa; coriza (nariz escorrendo); conjuntivite, com sensibilidade à luz; e mal-estar intenso, com dores no corpo. Ao reconhecer esses sintomas, procure um serviço de saúde.
Complicações: o sarampo pode provocar desidratação; diarreia intensa; otites (inflamação nos ouvidos); infecções respiratórias (pneumonia); encefalite e dano cerebral permanente; surdez; lesões severas de pele, especialmente em crianças mal nutridas ou com deficiência de vitamina A; em gestantes pode provocar aborto ou parto prematuro; e pode levar a óbito.
Tratamento: não há tratamento específico, apenas para alívio dos sintomas, por isso, a vacinação é tão importante.
Prevenção: a imunização é a única forma de prevenção do sarampo. A vacina é recomendada para pessoas com idades entre 6 meses de 59 anos. Os critérios de indicação da vacina são revisados periodicamente pelo Ministério da Saúde e levam em conta características clínicas da doença, idade, ter adoecido por sarampo durante a vida, ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos.
Esquema de vacinação por idade:
- Dose zero: devido ao aumento de casos de sarampo em alguns estados, todas as crianças de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas (dose extra).
- Primeira dose: crianças que completarem 12 meses (1 ano).
- Segunda dose: Aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida.
Vacinação em adultos: pessoas que não receberam as duas doses da vacina devem completar o esquema vacinal. Quem já tomou as duas doses da vacina do sarampo não precisa se vacinar novamente.
Contraindicação: a vacina é contraindicada para gestantes. Pessoas imunocomprometidas devem ser avaliadas e orientadas antes da vacinação.
Orientações para viajantes: quem ainda não tomou a vacina ou está com o esquema vacinal incompleto e vai viajar para destino internacional ou para áreas no Brasil com comprovada circulação de sarampo deve tomar a vacina pelo menos 15 dias antes da viagem. Pessoas não vacinadas que viajaram para áreas de risco para sarampo nos últimos 30 dias, caso apresentem febre e manchas vermelhas pelo corpo, acompanhadas de tosse, coriza e/ou conjuntivite, devem procurar uma unidade de saúde para atendimento imediato.