SECTI promove "live" no Youtube sobre Biomas do Estado do Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizou na última sexta-feira, 18/10, no âmbito da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, cujo tema é "Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais", uma "live" no canal do aplicativo YouTube da Secti https://www.youtube.com/live/nQ35I9UjZy4 com especialistas sobre o tema no Estado do Rio de Janeiro.
A moderação do encontro foi do assessor especial Luiz C. Ramiro Jr (SECTI-RJ) que ressaltou a importância do encontro, comentando sobre a diversidade dos biomas do Estado e a importância de se conhecer mais sobre o tema.
O encontro está registrado no canal do YouTube da Secti e está disponível para contribuir na divulgação científica e de toda população.
Para os amantes dos pássaros, o pesquisador Maurício Vecchi, do Laboratório de Ecologia de Aves e Comportamento da UERJ, comentou "em relação as inovações tecnológicas [utilizadas no estudo das aves], sendo uma delas, os chamados "gravadores passivos", que pode programar um gravador que vai registrando o som do ambiente, conforme a hora que a pessoa quiser, além de outros detalhes, como por exemplo, se o interesse for sobre aves noturnas, onde é possível programar para gravar durante um período da madrugada, Após, o som registrado é processado para gerar informação biológico-científica da triagem desses arquivos sonoros de modo a conseguir identificar quais espécies estavam emitindo o som, com que frequência, em qual distância, e uma série de outras informações interessantes a partir desse instrumento tecnológico.
Sônia Barbosa, que apresentou o trabalho do CEADS-UERJ, localizado na Ilha Grande, falou sobre um novo projeto do Centro para Conscientização Ambiental: o "Trilhas Interpretativas", que consiste numa fase de treinamento de professores de escolas, para seguidamente levar crianças à mata para que aprendam a contemplar a natureza: "...é uma coisa que hoje as pessoas não fazem mais. Não se contempla a natureza. Não se para, para contemplar a natureza: ou é com a cara enfiada no celular o tempo inteiro ou é com a cara enfiada na televisão o tempo todo. Não se para para olhar e observar. Então, a Trilha Interpretativa permite isso. Não é algo difícil. Você aprende a perceber as várias texturas da natureza. Aprende a perceber os seres vivos que estão ali", comentou.
Ernesto Galiotto (ambientalista, residente em Cabo Frio), fez uma bela exposição com seu vasto acervo fotográfico e de imagens aéreas da Região dos Lagos fluminense, com diversas considerações sobre os desequilíbrios ambientais da região, ao mesmo tempo expressando a beleza única do estado do Rio de Janeiro, que segundo sua percepção, sobrevoando quase todos os estados do país, é proporcionalmente o mais verde do país. Comentou ainda sobre a agressão ambiental que ainda dentro das cidades precisa ser motivo de cuidado e deu o exemplo do som alto nos automóveis que transitam em Cabo Frio no verão e nos fins de semana, como uma agressão aos cidadãos e à fauna local. "Eu me preocupo com o excesso de som levado à praia. Isto acontece aqui [em Cabo Frio] e em vários lugares do Brasil. A poluição sonora é uma das piores que existe. Simplesmente chega alguém com som alto no automóvel, levanta o capô e agride quem está no entorno, afastando famílias, turistas e gerando confusão no ambiente. A minha sugestão é que as administrações públicas informem os turistas para que isso não seja feito, como avisos através de placas".