Projeto "Fala Que Eu Te Escuto" inicia atividades no Cense Campos

Projeto "Fala Que Eu Te Escuto" inicia atividades no Cense Campos
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Iniciativa promove reflexão, escuta ativa e debate sobre temas como vida, liberdade e responsabilidade

Neste mês de abril, o Centro de Socioeducação Professsora Marlene Henrique Alves Campos (Cense Campos) realizou o primeiro encontro do projeto “Fala Que Eu Te Escuto”, uma iniciativa voltada para os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa na unidade. A ação foi conduzida pela pedagoga Gleyciane Roza, idealizadora do projeto, em parceria com a assistente social Beatriz Manhães.

O encontro teve como objetivo principal estimular a reflexão sobre atitudes, escolhas, consequências e o valor da vida, por meio do diálogo aberto com os adolescentes. Em um ambiente de escuta ativa e respeito, foram abordados temas como violência, família, convivência, respeito mútuo e o verdadeiro significado da liberdade.

- A proposta é fazê-los entender que eles não são definidos pelo que estão vivendo hoje. Eles podem ser muito mais do que os atos que cometeram - explicou Gleyciane - Muitos nunca tiveram uma conversa como essa. O diálogo é transformador. Um dos adolescentes me disse que, em 17 anos, ninguém nunca havia falado com ele daquela forma. Isso mostra a importância de sermos presença e voz ativa na vida deles - ressaltou. 

Durante a conversa, os jovens foram incentivados a questionar suas percepções sobre liberdade, refletindo sobre como suas escolhas os conduziram a diferentes formas de privação. A metodologia adotada foi centrada na escuta, no olho no olho, no acolhimento na construção coletiva de significados, promovendo momentos de silêncio, introspecção e participação ativa.

Com o apoio de colaboração da direção e dos agentes de segurança socioeducativa da unidade, o projeto “Fala Que Eu Te Escuto” segue com a proposta de realizar novos encontros ao longo do ano, consolidando-se como uma ferramenta de apoio à ressocialização por meio da escuta, da orientação e da valorização da experiência única de cada um dos jovens que passam pelo Degase.