Em 15 de abril, o Brasil celebra o Dia Nacional da Conservação do Solo, que destaca a importância da gestão responsável desse recurso fundamental para a vida no planeta. No Estado do Rio de Janeiro, onde a agricultura divide espaço com áreas ambientalmente sensíveis, o desafio de conservar o solo ganha contornos ainda mais urgentes. É nesse cenário que a Pesagro-Rio (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro) se destaca como referência na promoção de práticas sustentáveis e no suporte técnico aos produtores rurais.

Com décadas de atuação, a Pesagro-Rio desenvolve um trabalho essencial em seus laboratórios de análise de solo e centros de pesquisa. Em seus órgãos são realizados exames físico-químicos detalhados, capazes de diagnosticar deficiências nutricionais, identificar riscos de contaminação e orientar estratégias de recuperação de áreas degradadas. “A análise da terra é uma das ferramentas essenciais à tomada de decisão mais segura e permite auxiliar no planejamento em tempo hábil e de forma econômica e sustentável”, explica Hugo Zoffoli, do Centro Estadual de Pesquisa em Horticultura da Pesagro-Rio.

Mais do que um procedimento técnico, a análise de solo é o ponto de partida para uma agricultura mais eficiente. Com base nos resultados da análise química de rotina da fertilidade, os produtores conseguem ajustar a adubação e a calagem, evitar o desperdício de insumos, minimizar danos ao meio ambiente e adequar suas lavouras às reais necessidades do solo. “A Pesagro-Rio realiza a análise do solo a preço acessível e, com isso, ajuda o produtor rural a aumentar a sustentabilidade de sua atividade”, complementa Hugo.

Agricultura orgânica e solo saudável andam juntos

Essa atuação se estende também à agricultura orgânica, como destaca Mariella Rocha, do Centro Estadual de Pesquisa em Agricultura Orgânica, em Seropédica. “A acidez do solo é o principal problema identificado no estado. Para combatê-la, promovemos ações como os dias de campo sobre produção de composto orgânico e fertilizante fermentado. São essas práticas que orientam os agricultores fluminenses a produzirem de maneira mais eficiente e sustentável.”

O uso racional dos fertilizantes, um dos pontos centrais da conservação do solo, também é foco do trabalho realizado pelo Laboratório de Análises de Solo e Foliar da Pesagro-Rio, em Itaperuna. “Ao fornecer informações precisas sobre as necessidades do solo, a análise permite a aplicação controlada de fertilizantes, reduzindo riscos de contaminação dos recursos naturais”, destaca Bárbara Zoffoli, pesquisadora do laboratório. Ela ressalta, ainda, que o uso excessivo de fertilizantes pode gerar impactos significativos nos ecossistemas, e que sua produção envolve extração de matérias-primas não renováveis, além de contribuir para a poluição ambiental.

Segundo Bárbara, cada solo carrega características únicas, como relevo, origem geológica e tempo de formação, o que exige cuidado no manejo. “Nas análises químicas, muitas vezes encontramos teores de nutrientes excessivamente altos ou baixos, resultado de adubações inadequadas. Por isso, a análise de solo é essencial. Com ela, conseguimos conhecer a fertilidade e recomendar práticas corretas de adubação e calagem, promovendo o uso mais equilibrado da terra.” Ela também reforça que, no contexto da sustentabilidade, o uso eficiente dos fertilizantes é um passo importante para proteger recursos como água e biodiversidade.

Além do suporte técnico, a Pesagro-Rio investe na capacitação de produtores e técnicos para ampliar o alcance das boas práticas de conservação. “Buscamos fomentar uma agricultura mais eficiente, sustentável e lucrativa, por meio da divulgação dos nossos serviços, da atuação de engenheiros agrônomos, técnicos e pesquisadores, e do investimento em ações de formação e inovação tecnológica”, afirma Mariella Rocha. Essas iniciativas são fundamentais para a valorização da agricultura familiar, para o fortalecimento da segurança alimentar e para a preservação do solo, patrimônio natural que precisa ser cuidado hoje para garantir o amanhã.