Escola de Música Villa-Lobos - 70 Anos
Escola de Música Villa-Lobos completa 70 anos em 2022
Orquestra regida pelo professor Paulo Miranda no Auditório Guerra-Peixe da Escola de Música Villa-Lobos. Foto: Pedro Soares

O ano de 2022 é especial para a Escola de Música Villa-Lobos. 

No dia 06 de Junho, serão 70 anos da fundação da Escola Popular de Ensino Musical e Artístico (EPEMA), instituição que deu origem a Escola de Música Villa-Lobos, batizada com o nome do maestro pela professora, pianista e educadora musical, Cacilda Borges Barbosa (1914-2010).

A partir do mês de Junho, a Escola de Música Villa-Lobos apresenta uma série de atrações em comemoração aos 70 anos, que se estenderão durante todo segundo semestre de 2022, com apresentações e concertos nos Teatros e Salas de Concerto do Rio de Janeiro. 

Também está sendo produzido um documentário com depoimentos de músicos, entre ex-alunos e professores, com passagem marcante pelos corredores da instituição, como o flautista e diretor José Maria Braga, o regente e membro da Academia Brasileira de Música, Aylton Escobar, os professores Henrique Lissovsky, Mestre Riko, Eliseu Moreira, Clarisse Grova, dentre outros, e ex-alunos de destaque, como Roberto Frejat, Jorge Vercillo e Jonathan Ferr, e o mais antigo de todos, o luthier José Vieira, de 93 anos.

Criada pela Lei 703, de 5 de junho 1952, a antiga EPEMA já possuía uma estrutura curricular voltada para formação de instrumentistas, ensino e fundamentação teórico-musical, e na formação de professores. Na década de 1960, a instituição fixou-se no sobrado da Rua Ramalho Ortigão, e hoje integra o chamado Corredor Cultural do Centro Histórico do Rio. 

A Escola de Música Villa-Lobos tornou-se, ao longo de sua trajetória, uma das principais referências em ensino básico e técnico profissionalizante de música no país. Um dos traços mais marcantes é sua diversidade de ações pedagógicas e valorização dos mais variados estilos musicais, atingindo a toda ecleticidade da comunidade escolar. 

Como estímulo a formação profissional do músico, ao longo dos anos a escola formou grupos artísticos representativos compostos por alunos, egressos e professores, que circularam por diversos palcos da cidade. Exemplo destes projetos artísticos são os grupos corais, como o Coro de Câmara da Escola de Música Villa-Lobos e o Madrigal do Villa, além da Fina Batucada, primeira bateria formada apenas por mulheres no Rio de Janeiro. A história da escola possui a formação de grupos que marcaram a instituição, como a orquestra de violões, dirigida por Henrique Lissovsky nos anos 1990 e 2000, e a orquestra popular, regida pelo saudoso maestro Rycardo Lobo, falecido em 2014. Outros projetos de destaque da EMVL são os festivais da canção (FestVilla), as apresentações dos corais infantil e juvenil, além do evento de encerramento de ano, "Quando o Natal chegar", com todos os grupos corais presentes.

NOMES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO

Dentre nomes relevantes que construíram a história do corpo docente da Escola de Música Villa-Lobos, listamos, ao longo destes 70 anos, Carlos de Almeida, Cacilda Borges Barbosa e Alda Pereira Pinto, que tiveram a colaboração de nomes como Florêncio de Almeida Lima, Elza Lakschevitz, Mário Tavares, Nelson Nilo Hack, Milton de Araújo, Alceo Boccino, Humberto Cordovil, também Aylton Escobar, Leopoldo Tosa, Edgar Nunes "Bituca" Rocca, José Botelho, Paulo Moura, César Guerra-Peixe, Marcos Vinícius Nogueira, Eliseu Moreira, Clarisse Grova, Zdenek Svab, João Carlos Assis Brasil, dentre muitos outros.

A Escola de Música Villa-Lobos é um espaço vinculado a Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ).

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