Rio de Janeiro é o segundo maior polo automotivo do Brasil

O Cluster Automotivo Sul Fluminense foi criado em 2013. Na ocasião, Volkswagen e PSA, hoje Stellantis, lideraram a fundação da instituição com o apoio da Federação das Indústria do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, após quase dez anos da sua criação, o Cluster é formado por 29 empresas, todas pertencem ao setor automotivo. As companhias denominadas “âncoras”, as montadoras Stellantis, Nissan, Volkswagen, Jaguar Land Rover e Hyundai, além da Michelin, se revezam na direção da instituição.
"Além disso, na governança estão presentes outras duas instituições como suporte a indústria local, a FIRJAN e a UERJ ", conta Oscar Tavares Neto, Presidente do Cluster Automotivo Sul Fluminense. Segundo ele, todas as empresas associadas ao Cluster, geram mais de 20 mil empregos na cadeia do setor.
Como o senhor classificaria o polo automotivo fluminense?
Oscar Tavares Neto – O nosso polo é o segundo maior do Brasil em quantidade de empresas associadas e em capacidade de produção instalada. Essa robustez deixa claro a importância do Cluster para o país e o estado do Rio de Janeiro.
Presente nas cidades de Resende, Porto Real e Itatiaia, o polo automotivo contribui há décadas para o desenvolvimento socioeconômico da região, além de melhorar de forma significativa a qualidade de vida da população e gerar um impacto positivo em outros setores. Desta forma, vemos o polo como um agente responsável pelo PIB e crescimento da região.
Em resumo, o Cluster trata-se de um Arranjo Produtivo Local organizado e orientado para mobilidade, com o objetivo de promover o crescimento sustentável da região, fomentando a inovação e fortalecendo a infraestrutura.
As perspectivas para os próximos anos são de crescimento da produção no Estado?
Oscar Tavares Neto – Sim, com certeza. Todos os desafios do pós pandemia (crise de semicondutores, instabilidade portuária, inflação, entre outros) estão sendo superados diariamente pela indústria e, desta forma, o setor está se organizando para atender a demanda de veículos elétricos que tende a aumentar nos próximos anos.
O que as empresas do cluster têm feito para acelerar tecnologias e inovação na região?
Oscar Tavares Neto – Tecnologia e Inovação são temas tratados como prioridade dentro das empresas em, como consequência, são fomentados pelos grupos de trabalho do Cluster. Uma ação prioritária foi reorganizar as comissões de trabalho e priorizar o agrupamento das iniciativas relacionadas à tecnologia e inovação em uma diretoria específica. Por meio desta ação foi possível dar mais orientação e suporte para este grupo, com o objetivo de nivelar o conhecimento entre todas as empresas.
Além disso, algumas empresas do Cluster firmaram parcerias com institutos de inovação, outras estão presentes em HUBs nacionais e internacionais e/ou apoiam o desenvolvimento de startups locais.
Dentro desta estratégia de priorização destes temas, em 2022 foi realizado o primeiro evento sobre Tecnologia e Inovação na UERJ, apoiado por empresas do Cluster.