
Ventiladores mecânicos foram consertados por especialistas em prazo recorde
Uma reunião nesta quinta-feira, 05/11, na Secretaria de Estado de Saúde (SES) celebrou o sucesso da parceria com o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), Furnas Centrais Elétricas e outras instituições, que possibilitou o conserto de ventiladores pulmonares, equipamentos usados no tratamento de pacientes graves da Covid-19, em tempo recorde e sem custo. Representantes do Cefet e de Furnas estiveram na secretaria e entregaram medalhas de reconhecimento ao secretário, Carlos Alberto Chaves; ao chefe de gabinete, Sérgio Simões; e à subsecretária executiva Juliana Oliveira, que na época do início dos projetos era superintendente de Serviços Gerais e Infraestrutura da SES.
As medalhas entregues foram confeccionadas na impressora 3D de Furnas que é usada na fabricação de peças para reposição nos equipamentos e pintadas a mão, com o símbolo da engenharia, uma engrenagem, circundando a imagem do coronavírus. A iniciativa é exaltada pelo secretário Carlos Alberto Chaves.
“Agradecemos às instituições e pretendemos manter a parceria para que equipamentos obsoletos de unidades da rede estadual sejam doados para que a instituição de ensino possa qualificar seus alunos”, afirma o secretário.
O engenheiro de Furnas Alexandre Pinhel, um dos coordenadores do projeto de reparo, ressalta a importância da atuação da Superintendência de Serviços Gerais e Infraestrutura da SES: “Sem o envolvimento da Juliana não teríamos toda a efetividade que tivemos no projeto”.
Cada um dos 17 aparelhos consertados, utilizados nas UTIs de unidades como o Hospital Estadual Getúlio Vargas e o Hospital Estadual Alberto Torres, custa em média R$ 80 mil, o que torna a manutenção muito mais vantajosa que a aquisição de novos. Engenheiros mecânicos, eletrônicos, clínicos, enfermeiros e outros profissionais participaram do projeto. Foi feita uma análise criteriosa do estado de conservação dos ventiladores, que passaram por processo de calibração, aferição e desinfecção.
Fizeram parte da iniciativa voluntários, empresas e instituições como o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), Clube de Engenharia, Associação Comercial do Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos, Associação Brasileira de Engenharia Clínica e Instituto Nacional de Tecnologia, entre outros.
“Trata-se de um projeto extremamente satisfatório que ampliou o acesso a um serviço restrito no estado, pois não existem técnicos suficientes para dar a celeridade necessária na manutenção de equipamentos hospitalares em meio à pandemia, principalmente de ventilador pulmonar. O conserto que duraria até 120 dias com valor aproximado de 10 a 15 mil reais, se realizado por empresas, foi realizado na média de 30 dias sem nenhum custo para os cofres públicos por profissionais de uma instituição de confiança”, conta Juliana.
Simões explica que, por se tratar de equipamentos de alta qualidade e fundamentais para pacientes graves da Covid-19, a parceria ajudou a salvar vidas: “Eles nos ofereceram ajuda e deram solução a problemas de difícil solução e que teriam alto custo para a SES”.
Pinhel reafirma a necessidade de colaboração para qualificação de mais profissionais nesta área.
“Há uma demanda enorme das unidades de saúde sem ter quem atenda de forma qualificada. É uma profissão perene necessária não só para a saúde pública, mas particular também”.
Outro coordenador do projeto, o professor do Cefet Maurício Motta fala sobre a relevância da parceria para a instituição. Segundo ele, o projeto é importante para todos, porque, além do reparo, teve desdobramentos.
“Hoje usamos a tecnologia para dar estrutura e melhor condição de trabalho para os profissionais da saúde”, diz Motta.
O projeto não será encerrado, e os profissionais envolvidos permanecem a postos caso ocorra necessidade de novas manutenções em uma segunda onda da Covid-19.
Foto Mauricio Bazilio