Queimadas 2022

QUEIMADAS 2022

O aumento da incidência de incêndios florestais no território brasileiro envolve um conjunto de fatores cujas origens podem ser tanto naturais quanto antrópicas. Estudos sobre a ecologia do fogo apontam que a frequência de queimadas está além do que os ambientes naturais suportam, indicando risco à conservação de áreas nativas (INPE, 2008), ao clima e à saúde humana.

Dentre os biomas presentes no Brasil destaca-se, nesta proposta, o da Mata Atlântica. Mesmo reduzido e fragmentado, este é considerado um dos mais diversificados do planeta exercendo influência direta na vida de mais de 80% da população brasileira que vive sob seu domínio. Visto isso, a crescente pressão sobre esse sistema em termos de queimadas e incêndios florestais torna-se preocupante, em especial sobre as unidades de conservação (UCs) afetadas pela grande seca no ano de 2014, quando ocorreram incêndios de grandes proporções na região sudeste. Através do mapa de concentração de focos de calor por município já se nota a existência de áreas que historicamente apresentam maior incidência de ocorrência de incêndios no estado do Rio de Janeiro.

Os fatos expostos somados à inexistência de levantamentos espaciais e temporais de impacto de fogo nos Municípios da Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro e partes das regiões Metropolitana e Centro Sul serviram de motivação para o presente projeto, tendo em vista a urgente necessidade de novas estratégias de prevenção e combate ao fogo.

Sendo assim, em 2022, o Projeto Queimadas (Análise e Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais no Estado do Rio de Janeiro) visa analisar e monitorar as áreas prioritárias, ou seja, as áreas que possuem um maior índice de focos de fogo no estado do Rio de Janeiro, bem como o monitoramento das cicatrizes de áreas queimadas.