Governo do Estado do Rio assina contrato com novo operador das barcas

Foto: Rafael Campos
Texto: João Pedro Bitencourt
O governador Cláudio Castro e representantes do Consórcio Rio Barcas assinaram, nesta sexta-feira (10), o contrato que oficializa o novo operador responsável pelas barcas. O Consórcio Rio Barcas assume a operação por 5 anos, prorrogáveis por mais 5. O contrato tem o valor de cerca de R$ 1,9 bilhão. O consórcio é formado por quatro empresas — BK Consultoria e Serviços, Internacional Marítima, Sudeste Navegação e Innovia Soluções Inteligentes — e substituirá o grupo CCR, que administrava seis linhas e transportava uma média de 40 mil passageiros por dia. A transição para a administração do novo consórcio começou nesta sexta-feira e vai até 11 de fevereiro.
"A partir de hoje (10), estamos com uma equipe de transição que vai detalhar a operação", disse o presidente da BK Consultoria e Serviços, Pierre Orfali.
O número de viagens continuará o mesmo e, segundo o governo, não haverá reajuste nas tarifas. A partir de agora, a receita das tarifas pagas pelos passageiros será gerida pelo Governo do Estado, que também será responsável pela fiscalização e pelos investimentos futuros. A remuneração do operador será calculada com base nas milhas náuticas, e não mais na tarifa paga pelo usuário. O governador classificou a mudança como estrutural e explicou como será essa nova gestão.
“É uma mudança de modelo de concessão, não é mais uma concessão. Trata-se de um contrato por milha náutica. O que isso quer dizer? Quer dizer que o estado tem o domínio total sobre os horários, a grade e os destinos”, afirmou Cláudio Castro.
O novo contrato inclui exigências como a limpeza da Baía de Guanabara, o monitoramento da qualidade do ar e indicadores modernos de performance. Estudos da UFRJ apontaram que o modelo anterior, vigente desde 1998, não era economicamente sustentável. Entre as novidades previstas, estão a possível reativação de trechos como Paquetá-Cocotá e a linha social Charitas-Praça XV, em parceria com a Prefeitura de Niterói. Outros trajetos poderão ser criados, dependendo da demanda e da viabilidade. O Governo do Estado espera que o novo modelo de gestão traga melhorias operacionais e ambientais, promovendo um serviço mais eficiente e sustentável para os passageiros.