O descanso do diabo: Wlamir Marques, ídolo do basquete nacional, morre aos 87 anos

O descanso do diabo: Wlamir Marques, ídolo do basquete nacional, morre aos 87 anos
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Camisa 5 da seleção, o “diabo loiro” esteve presente no bicampeonato mundial do Brasil e fez seu nome no Corinthians

Morreu na última terça-feira (18/03) o ídolo do basquete brasileiro Wlamir Marques, com 87 anos, na UTI do Hospital Santa Magiore, em São Paulo.

O velório do ex-camisa 5 da seleção irá ocorrer nesta quarta (19/03), no ginásio que leva o nome de Wlamir Marques, que fica no Parque São Jorge, sede social do Corinthians, das 13h30 às 17h30.

Vindo da cidade de São Vicente, em São Paulo, Marques foi responsável por auxiliar a seleção brasileira a conquistar inúmeros títulos importantes. Conhecido pelo apelido de "Diabo Loiro", ele trouxe o bicampeonato mundial da modalidade em 1959 e 1963, além de duas medalhas de bronze, nas Olimpíadas de Roma 1960 e Tóquio 1964 e outros títulos em campeonatos Sul-Americanos e Pan-Americanos.

Um atleta extremamente completo, Wlamir era ala, mas desempenhava de modo exímio as funções de pivô e armador caso fosse necessário. O vicentino misturava grande talento com alta habilidade técnica, que somados a sua velocidade acima da média, o tornaram um atleta versátil.

Também conhecido pelo apelido de “disco voador”, era integrante do Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil e do Hall da Fama da Fiba (Federação Internacional de Basquete). Ele também recebeu o Troféu Heims de Melhor Atleta da América do Sul em 1961 e a Medalha do Mérito Esportivo, algumas das mais importantes honrarias esportivas do cenário mundial.

O ex-atleta teve passagens por quatro clubes distintos, mas conquistou status de ídolo no Corinthians. O camisa 5 da seleção iniciou sua carreira no Tumiaru, de São Vicente (SP), seguindo para XV de Piracicaba, depois o Corinthians e encerrou sua carreira no Tênis Clube de Campinas.

O presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Marcelo Sousa, falou a respeito da morte do ídolo. “Wlamir foi um dos maiores de todos os tempos a quicar uma bola laranja. Um gênio. Incrível dentro de quadra. Flutuava. Nos ajudou a tornar o Brasil uma potência no basquete. Hall da Fama. Um herói. E fora de quadra, era de uma simplicidade curiosa. Um humor sagaz. E também um gênio. Amigo e crítico quando preciso. Já faz uma falta imensa ao nosso esporte. Meus pêsames à família. Vai-se o homem, fica a lenda.”

O Corinthians já havia homenageado Wlamir Marques, inaugurando um busto no Parque São Jorge, sede social do clube, além de ter batizado o ginásio poliesportivo do clube com o seu nome.

Por Enzo Anselmo