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José Firmo: “Açu oferece logística que colocará o Rio na liderança na transição para economia de baixo carbono”

José Firmo: “Açu oferece logística que colocará o Rio na liderança na transição para economia de baixo carbono”
Entrevista: José Firmo, CEO do Porto do Açu

 

Porto do Açu: um dos maiores complexos de infraestrutura do País

 

Localizado no município de São João da Barra, no Norte Fluminense, o Porto do Açu é um dos maiores complexos de infraestrutura do País. Possui o terceiro maior terminal de minério de ferro do Brasil, é responsável por 40% das exportações de petróleo e ergue o maior parque de geração de energia a gás da América Latina. Nos próximos 4 anos, o Porto do Açu continuará a crescer. São previstos investimentos da ordem de R$ 10 bilhões que contribuirão para impulsionar o desenvolvimento de setores estratégicos da economia.

"O Açu também será também o porto da transição energética, com a materialização de projetos que irão colocar o Rio de Janeiro e o Brasil em uma posição de destaque nos esforços mundiais de transição para uma economia de baixo carbono ", afirma José Firmo, CEO do Porto do Açu.

 

 

Entrevistador: Na sua opinião, qual o papel do Porto do Açu para o desenvolvimento econômico do Estado do Rio de Janeiro?

 

José Firmo: Somos um porto privado, com projetos estruturantes que aceleram o desenvolvimento do estado e do país. Os investimentos já realizados e previstos são relevantes para retomar a industrialização fluminense, atrair empresas para o nosso estado, gerar empregos e criar ambiente de negócios com o estímulo de toda cadeia.

 

O Açu está pronto para ser o hub de eólicas offshore do Brasil, oferecendo uma logística eficiente e competitiva, que irá colocar o Rio na liderança da transição para uma economia de baixo carbono.

 

Além disso, novos Gasodutos ligarão o Açu à rede nacional de gás natural, viabilizando o aproveitamento do gás do pré-sal em novas indústrias e na geração de energia. E oleodutos irão conectar o porto a malha nacional, criando uma nova solução de abastecimento para o refino.

 

Alinhado a estes projetos, a conexão do Açu com a malha ferroviária nacional colocará o Rio na rota do agronegócio, viabilizando um novo corredor de exportação para o Brasil.

 

Muitos projetos de energia limpa e renovável (eólica offshore, hidrogênio etc) tem convergido para o Porto do Açu. A que se deve essa convergência?

 

José Firmo: A infraestrutura do Porto do Açu é um componente essencial para acelerar o desenvolvimento de projetos de baixo carbono e para contribuir com os esforços de setores industriais de difícil descarbonização.

 

O Açu está localizado no Sudeste, próximo aos grandes centros de consumo e distribuição, possui terminais com grande profundidade, área disponível para instalação de grandes empresas e foi identificado pela EPE como um dos melhores locais no Brasil para implantação de plantas eólicas offshore.

 

Neste sentido, estamos avançando com nossa estratégia de negócios, com a assinatura de memorandos para desenvolvimento de projetos de hidrogênio no Porto e também para utilização do Açu como base logística para as empresas que irão instalar parques eólicos offshore no Brasil.

Vale destacar que o potencial do Açu para produção de amônia verde a partir das plantas de hidrogênio, também possibilitará a instalação de plantas de fertilizantes e a formação de um cluster químico sustentável incluindo combustíveis alternativos, derivados de amônia verde, de metanol e de etileno, além de apoiar a indústria siderúrgica de baixo carbono a partir de planta pelotizadora e de HBI (hot bricketed iron). Os projetos de hidrogênio verde do Açu também podem transformar a energia renovável offshore em uma commodity internacional.

 

Quais as perspectivas de crescimento do Porto? Que novos segmentos, atividades econômicas e empresas estão para embarcar no empreendimento?

 

José Firmo: Acreditamos que o Porto do Açu é o porto da transição energética no Brasil, atraindo indústrias de diferentes setores e se tornando um hub de baixo carbono.

Ao longo de 2023 devemos anunciar importantes parcerias para ocupação da nossa retroárea, buscando sempre atrair empresas de porte mundial que estejam em sinergia com a transição energética. Temos certeza de que nos próximos anos contribuiremos para acelerar a economia do Estado do Rio de Janeiro.