AGENERSA na Rua: após reclamações de usuários relatando falta d’água no bairro da Freguesia, Zona Oeste do Rio, fiscais da Agenersa constatam falhas na prestação dos serviços por parte da concessionária Iguá

Após diversas reclamações de usuários junto à ouvidoria da Agenersa sobre falta d’água na Rua Comandante Rubens da Silva, localizada no bairro da Freguesia, Zona Oeste do Rio, as equipes da Câmara de Saneamento (CASAN) e da ouvidoria estiveram nesta quinta-feira (12/09) na região para entender a demanda dos usuários.
Os moradores, que são atendidos pela concessionária Iguá (bloco 2), alegam que desde o início de 2024, o abastecimento de água está intermitente e que a partir de maio, o problema vem se agravando e o envio de caminhão-pipa se faz necessário de forma recorrente.
De acordo com o morador Márcio D’Agosto, a Iguá até manda o caminhão-pipa, mas há dificuldade da regulada para envio porque o atendente do call center questiona que técnicos são acionados para executar o reparo, e portanto, é preciso esperar até 72h para o restabelecimento do serviço.
“Eles informam que vão mandar técnico e quando busco pelas câmaras da minha residência constato que não teve procura da concessionária nos momentos que não estou em casa. Foram diversas tentativas sem sucesso junto à ouvidoria da Iguá para resolver esse problema que só se agrava. Mas hoje confesso que estou mais esperançoso porque vocês da Agenersa vieram aqui, além de responderem todas as minhas solicitações”, relatou D’Agosto.
Os aposentados Lauro Ramos e José Rafael Lopes, residentes também da Rua Comandante Rubens da Silva relatam a mesma dificuldade que desde maio desse ano estão sem fornecimento de água, dependendo exclusivamente de caminhão-pipa.
Em seu relatório, que será encaminhado à concessionária, o engenheiro Luiz Alfredo da CASAN, destaca que a ocorrência de intermitência e até a interrupção total do abastecimento de água pode estar diretamente relacionada à obstrução parcial ou completa das tubulações na rede de distribuição, cujo reparo é de responsabilidade da concessionária. Esse bloqueio pode ser causado por fatores como acúmulo de detritos, incrustações de minerais ou até mesmo falhas estruturais nas tubulações.
Para uma análise mais aprofundada e a fim de identificar as possíveis causas, o engenheiro recomendou à Iguá, realizar escavações em pontos estratégicos da rede de distribuição que atendem as residências afetadas, com objetivo de inspecionar as condições internas das tubulações. Sugeriu-se ainda, a avaliação detalhada dos registros operacionais de abertura e fechamento das válvulas e registros de controle de fluxo ao longo da rede. Esse procedimento é essencial para verificar possíveis falhas operacionais, tais como mau funcionamento, retenção, obstruções temporárias ou falhas nos procedimentos de operação e manutenção, que possam estar influenciando negativamente o fluxo de água.
Além das recomendações técnicas mencionadas no momento da fiscalização, a Agenersa instaurou procedimento regulatório, solicitando que as medidas sugeridas sejam executadas imediatamente. Caso a regulada não as realize com celeridade, a Casan pode adotar sanções, conforme previsto no contrato de concessão e na legislação aplicável. As penalidades podem incluir desde advertências até multas.